Curadoria

Tipuici Manoki

Moro na aldeia Treze de Maio, na Terra Indígena Irantxe, município de Brasnorte-MT, mas já
morei em outros lugares, como Cuiabá, onde fiz minha graduação em Ciências Sociais na
UFMT. Uma das minhas paixões é o trabalho com cinema e comunicação popular e indígena.
Comecei a trabalhar nas filmagens em 2009, tive que parar por conta dos estudos, mas em
2019 voltei a fazer produções deste tipo. O cinema, assim como outras tecnologias que
conectam as pessoas virtualmente, nesse período de pandemia tem sido uma ferramenta
muito importante para nós. A partir dos nossos olhares, temos podido contar as nossas
narrativas, e através dos registros conseguimos contar as nossas resistências, conquistas e
desafios. O cinema indígena pode ajudar a contar a verdadeira história de luta dos nossos
povos. Minha proposta é levar essas vozes dos que foram roubados desde o início da
colonização até os dias atuais. Pois o cinema é isso: contar através dos nossos registros as
histórias indígenas de existências e resistências.

Werá Alexandre

Cineasta Mbya, trabalha desde 2009 com audiovisual, produzindo vários alguns curtas, nos
últimos anos inicia uma série de oficinas de formação de cineasta indígenas.

Renato Athias

É coordenador geral do Festival Internacional do Filme Etnográfico do Recife. Possui graduação em Filosofia pela Faculdade Dom Bosco de Filosofia Ciências e Letras (1975), mestrado em Etnologia – Universidade de Paris X, (Nanterre) (1982) com a dissertação sobre a Noção da Identidade Étnica na Antropologia Brasileira. Doutorou-se em Etnologia pela mesma Universidade (1995). Realizou estudos na área de mídia e televisão na Universidade de Southampton (Reino Unido). Atua como coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Etnicidade (NEPE) da UFPE e, é Professor Adjunto do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFPE. Atualmente coordena o Laboratório de Antropologia Visual do Núcleo Imagem e Som & Ciências Humanas da UFPE.

André Lopes

Desde 2008, pesquisa, trabalha e convive com os povos Manoki e Myky de Mato Grosso, atuando como antropólogo e documentarista. Participou da formação de realizadores indígenas nos povos Wayana, Apalai, Wajãpi, Tiryó e Guarani, e é co-fundador do coletivo Ijã Mytyli de cinema Manoki e Myky. Doutorando em antropologia social pela USP e pesquisador visitante da NYU.

Georgia de Macedo Garcia

Graduada em Ciências Jurídicas e Sociais e Mestre em Antropologia Social. Trabalhou junto à organização indígena Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena nos I Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, Palmas-TO (2015) e no XV Fórum Permanente Sobre Questões Indígenas na ONU (2016). Trabalha com comunidades Kaingang e Mbyá-Guarani do Rio Grande do Sul. Desde 2016, atua como produtora da Mostra Tela Indígena.